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Maioria das empresas não tem ações de diversidade

A maioria das empresas da América Latina não possui programas de diversidade voltados para grupos socioeconômicos menos favorecidos, segundo estudo da consultoria McKinsey realizado com mais de 5.000 pessoas em seis países da região.

“Embora cerca de 80% das empresas têm programas voltados a mulheres, e metade se esforça para atrair funcionários LGBTQIA+, apenas um terço das empresas indica ter ações ou programas voltados para funcionários com condições socioeconômicas menos aceitas”, diz o relatório.

O estudo, intitulado “Diversidade socioeconômica no ambiente de trabalho”, aponta que, nos últimos anos, as empresas da América Latina se tornaram mais inclusivas e equitativas em relação a grupos historicamente sub-representados, tais como mulheres, pretos, pardos, amarelos e a comunidade LGBT+.

Ações voltadas para esse público podem contribuir para o bem-estar dos funcionários no local de trabalho. Segundo a pesquisa, 39% dos trabalhadores de empresas comprometidos com ações de equidade e inclusão afirmam estar muito felizes em seu emprego. Por outro lado, apenas 11% dos profissionais de locais que não desenvolvem programas de diversidade relatam níveis semelhantes de satisfação.

Para além da maior satisfação relatada pelos funcionários, a promoção da diversidade socioeconômica pode trazer benefícios de longo prazo para as empresas e para a sociedade em geral.

“Ao promover o acesso e a inclusão de pessoas com condições menos favoráveis, as empresas podem contribuir para aumentar as chances de mobilidade social ascendentes”, acrescenta.

O estudo alerta de que a preocupação com a inclusão não pode ocorrer apenas na etapa de treinamento.

Segundo a pesquisa, apenas 35% dos funcionários com condições socioeconômicas menos garantir ter inglês básico ou avançado, ante 66% dos funcionários com condições mais seguras.

Por isso, o relatório diz que é preciso investir em ações de capacitação da força de trabalho, como oferecer cursos de idiomas e de softwares específicos, a fim de ajudar os funcionários a desenvolver essas habilidades depois de contratados.

“A verdade é que a proficiência em um segundo idioma não é uma medida da capacidade do candidato, mas sim, do acesso a oportunidades”, afirmou à McKinsey o diretor de equidade e inclusão de uma empresa de tecnologia.

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