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O Reconhecimento da Carreira Feminina: O Caso de Fernanda Torres e a Versatilidade da Mulher 

A trajetória das mulheres no mundo profissional ou artístico é frequentemente marcado por desafios e reconhecimentos tardios. No universo artístico, esse fenômeno é ainda mais evidente, com atrizes muitas vezes precisando provar repetidamente sua versatilidade até que o devido mérito seja concedido. Um exemplo emblemático é o de Fernanda Torres, que, aos 59 anos, atingiu o auge de sua carreira ao vencer o Globo de Ouro, um dos prêmios mais prestigiados do cinema.

Fernanda já era uma artista consagrada no Brasil, principalmente no humor, com personagens icônicas como Vani, de “Os Normais”, e Fátima, de “Tapas & Beijos”. Sua capacidade de entregar comédia afiada, timing perfeito e um carisma irresistível fez dela um nome familiar e adorado pelo público. No entanto, foi em um papel dramático, de forte impacto, que ela finalmente obteve reconhecimento internacional no papel de Eunice no filme “Ainda Estou Aqui”, sendo a estrela do filme de Walter Salles.

Essa conquista reforça um aspecto comum da trajetória feminina: o reconhecimento chega, mas muitas vezes com atraso. Enquanto atores masculinos frequentemente desfrutam de oportunidades e credibilidade desde cedo, as mulheres precisam se reinventar, demonstrar resiliência e provar repetidamente sua competência em suas carreiras.

O caso de Fernanda Torres não é apenas uma vitória pessoal, mas um símbolo do quanto a carreira feminina pode ser plural e surpreendente. Uma atriz consagrada no humor se reinventar no drama e ser reconhecida globalmente é uma prova de que talento e persistência superam rótulos. Seu triunfo também inspira outras mulheres a seguirem suas jornadas de carreira, sabendo que o sucesso pode vir em diferentes fases da vida e em formas inesperadas.

O mundo pode demorar a enxergar o valor das mulheres, mas, quando o faz, o brilho delas se torna incontestável.

O talento nato de Fernanda Torres torna-se ainda mais significativo quando lembramos que, 25 anos antes, sua mãe, a grande Fernanda Montenegro, também foi indicada ao Globo de Ouro por sua atuação em Central do Brasil (1998). Na época, Fernanda Montenegro era uma das favoritas ao prêmio, entregando uma performance memorável e profundamente emocionante, que lhe rendeu também uma indicação histórica ao Oscar. No entanto, mesmo com condições plenas de vencer, acabou não levando a estatueta.

Essa coincidência entre mãe e filha ressalta ainda mais a demora do reconhecimento feminino principalmente quando falamos de uma atriz brasileira, buscando desbancar medalhões de Hollywood. O que não aconteceu com Fernanda Montenegro em sua época veio, anos depois, para Fernanda Torres, reforçando a ideia de que o talento das mulheres pode ser indiscutível, mas o tempo para que sejam plenamente valorizadas ainda segue desigual.

Quem é Ayana Jonas aka AJ: Ayana Jonas é mestre pela PUC-SP em Ciências Contábeis, Controladoria e Finanças, graduada em contabilidade e administração, com ampla experiência no mercado corporativo, além de pós-graduada em Negócios, Controles internos, Contabilidade Forense e possuir diferentes e relevantes certificações como CAMS, DPO, PQO Compliance, CPA-20 entre outras. Detém artigo publicado em capítulo de livro e em revista de contabilidade.
Sua indústria de especialização é em serviços financeiros. Ao longo de sua carreira executiva atuou em diferentes áreas entre auditoria e consultoria ocupando posições seniores. Na temática ESG atua em inclusão feminina na alta administração, além da importância do estabelecimento de grupos de afinidade LGBTQIAPN+, tendo participado de Comitês, painéis, palestras e publicação no gênero. 

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