Assumir um novo título pode parecer algo simples. Mas para quem está empreendendo, especialmente nas primeiras fases, isso é um divisor de águas. É o momento simbólico em que deixamos de ser apenas um plano ou uma ideia e assumimos uma nova identidade profissional.
No episódio #02 do CNPJ Sem Filtro, Vinicius Cassimiro Carvalho compartilha os bastidores da primeira vez que se apresentou como fundador. Um momento tenso, cheio de medo e autocobrança, mas que marcou o início de uma mudança de postura, narrativa e posicionamento.
A insegurança de assumir um novo título
Quem já trocou de carreira, saiu de um emprego tradicional ou decidiu empreender sabe: há um abismo entre “fazer algo” e “dizer que você é aquilo”.
A cena do episódio é real e simbólica:
“Estava em um evento. Me perguntaram: ‘E você, faz o quê?’ Por instinto, quase respondi o que sempre dizia. Mas parei. E disse: ‘Eu sou o fundador da Democratizando’.”
Essa fala, aparentemente simples, veio acompanhada de um nó na garganta. Um medo legítimo de parecer pretensioso, de não estar pronto, de ser julgado como alguém que está “inventando um título”.
O episódio nos convida a refletir sobre como damos (ou não damos) valor ao nosso próprio processo e o quanto ainda buscamos validação externa para sermos reconhecidos.
“Mas será que eu sou mesmo isso?”
É comum sentir-se um impostor ao assumir uma nova posição, principalmente quando ela ainda não foi reconhecida oficialmente pelo mercado, pela família, por clientes ou pelos colegas.
O episódio narra com sinceridade esse dilema interno:
- “Será que vão me levar a sério?”
- “E se acharem que estou me promovendo demais?”
- “Será que posso mesmo me chamar de fundador?”
Esse tipo de questionamento trava muita gente. E impede que ideias ganhem força, que negócios se posicionem, que lideranças se desenvolvam.
A importância de assumir a narrativa
Ao longo do episódio, Vinícius reforça que ninguém entrega um crachá com o novo cargo de “empreendedor”. Essa legitimação não vem de fora. Ela começa no discurso que você escolhe construir sobre si.
“Você se torna aquilo que tem coragem de afirmar com consistência.”
Esse não é um chamado para arrogância. É um convite à autoresponsabilidade sobre a própria trajetória. Esperar que os outros reconheçam primeiro é um ciclo vicioso e paralisante.
O poder simbólico da primeira apresentação
A primeira vez que você fala “eu sou fundador, empresário, empreendedor, dono” é um marco.
- É quando sua identidade muda de intenção para realidade.
- É quando o jogo vira da preparação para a ação.
- É quando a ideia começa a ganhar forma no mundo.
Esse momento deve ser encarado como um ensaio real, não como um teste final. Ninguém nasce pronto. Mas todo mundo pode se comprometer com a evolução do que deseja ser.
Checklist: Você está pronto para se apresentar como “fundador”?
- Você tem clareza do que está construindo?
- Você já atua, mesmo que em pequeno escala, nesse papel?
- Você consegue explicar, com objetividade, o que faz e para quem?
- Você está disposto a sustentar esse título com ação contínua?
Se respondeu “sim” para 3 ou mais, talvez só falte coragem. Se respondeu “não” para a maioria, talvez ainda precise estruturar melhor seu posicionamento.
Ferramenta prática: Construindo sua nova narrativa profissional
Exercício do Posicionamento Verbal
Preencha as lacunas abaixo com sinceridade e praticidade:
“Eu ajudo [tipo de cliente] a [resultado ou transformação] através de [metodologia/serviço/abordagem].”
Exemplo: “Eu ajudo profissionais da área de compliance a aplicarem o conhecimento técnico com estratégia, através de conteúdo prático e mentorias.”
Esse exercício é um ótimo primeiro passo para começar a se apresentar com segurança e clareza.
A repetição como estratégia de autoconstrução
Ninguém domina a própria narrativa de primeira. Por isso, o episódio também reforça:
“Você precisa repetir seu novo posicionamento até acreditar nele.”
A cada nova conversa, post, reunião ou evento, você treina sua comunicação e a sua identidade profissional vai se fortalecendo com o tempo.
E se der vergonha?
Vai dar. E tudo bem.
Vergonha é normal quando estamos começando algo novo. Mas ela não pode ser mais forte que o compromisso com aquilo que você acredita.
Sinta vergonha e vá assim mesmo.
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- ✔ Um checklist para validar se você já pode se apresentar como “fundador”
- ✔ Um modelo de narrativa para estruturar seu pitch pessoal
- ✔ Uma reflexão prática sobre como se posicionar mesmo sem validação externa
Assista ao episódio completo:
🎥 Os bastidores da primeira vez que me apresentei como ‘fundador’
Conclusão
Assumir um novo papel não exige que você tenha tudo pronto. Exige que você tenha consciência do que quer construir e coragem para afirmar isso com consistência.
Este episódio é um lembrete poderoso: a forma como você se apresenta não é apenas sobre comunicação externa, é sobre transformação interna.
E às vezes, tudo começa com uma frase dita em voz alta: “Eu sou o fundador da minha própria história.”
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