A inteligência emocional é um conceito muito popular no ramo da psicologia, e na maioria das vezes, é desenvolvido com foco nas vidas pessoais. Mas e se eu te dissesse que este termo também pode se tornar um forte aliado para a sua empresa? O dia a dia no mundo corporativo não é fácil. Com tantos projetos, reuniões, relatórios, e muitas outras tarefas, é comum chegarmos ao final do dia cansados para, no dia seguinte, repetir todo esse processo. Essa rotina pode se tornar difícil e extremamente desgastante para muitos profissionais, podendo até mesmo prejudicar a motivação e produtividade de muitos. Por isso, é importante buscar formas e alternativas positivas para lidar com essas tarefas e responsabilidades.  Nos últimos anos, uma das técnicas que tem se tornado uma grande aliada é o desenvolvimento da inteligência emocional, sabe porquê? Este conceito busca ajudar as pessoas a terem um maior entendimento e controle sobre sua emoções, e usá-las à seu favor. Quando bem administradas, o desenvolvimento desta inteligência pode trazer diversos benefícios tanto para a vida pessoal quanto profissional.  Neste texto, explicarei melhor o que caracteriza uma boa inteligência emocional, como ela pode ser aplicada no trabalho, e principalmente, a importância de desenvolvê-la para o dia a dia no mundo corporativo. Confira os tópicos que serão abordados: O que é inteligência emocional? A inteligência emocional (IE) deve ser entendida de duas formas, sendo elas: a capacidade de uma pessoa saber administrar e lidar com as próprias emoções e usá-las à seu favor; e a capacidade de compreender as emoções das outras pessoas. Em outras palavras, uma pessoa que tenha uma boa inteligência emocional deve ser capaz de pensar, sentir e agir de forma inteligente e consciente, sem deixar que as emoções controlem sua vida causando estresse, traumas ou até mesmo doenças psicossomáticas. Antes de saber mais sobre sua importância, vamos a um breve recorte histórico para entendermos melhor o surgimento deste conceito. De acordo com especialistas do ramo, o biólogo Charles Darwin foi o primeiro estudioso a dissertar sobre a inteligência emocional, a defendendo como algo extremamente importante para a sobrevivência e adaptação. Com o passar dos anos, muitos outros cientistas e pesquisadores focaram seus estudos neste conceito. Dentre eles, um dos que mais se destacaram foi o psicólogo Daniel Goleman, que ficou conhecido como o pai da inteligência emocional. Seus estudos na área foram extremamente importantes para que hoje pudéssemos ter um melhor entendimento sobre a importância da inteligência emocional. Confira o próximo tópico para saber mais. Daniel Goleman e os pilares da inteligência emocional Apesar de não ter sido um dos primeiros a estudar a IE, Goleman foi o grande responsável por popularizá-lo em 1995, após ter lançado o livro “Inteligência Emocional”. Em sua obra, o psicólogo discutiu o tema de forma que o tornasse acessível para todos os segmentos da sociedade, fazendo com que também fosse usado como base para outros estudiosos posteriormente. Dentre os ideais abordados, o autor defende que a Inteligência Emocional pode ser categorizada em cinco habilidades ou pilares que regem seu funcionamento. Conheça cada um deles: 1. Autoconhecimento emocional O primeiro pilar é o chamado autoconhecimento emocional, ou seja, a capacidade de reconhecer as próprias emoções. Para o autor, quando não temos este conhecimento, ficamos à mercê de nossos sentimentos, e consequentemente, de problemas que possam decorrer disso. 2. Controle emocional De acordo com Goleman, não basta somente ter conhecimento sobre suas emoções, mas também saber como controlá-las. Por isso, o segundo pilar defende a capacidade de controle emocional, ou seja, ter a habilidade de lidar com eles e os adequar à cada situação de nossas vidas. Isso pode ser visto de diversas formas, como pelo simples fato de tentar ter um pensamento mais positivo em momentos difíceis ou quando estamos tristes. 3. Automotivação Para ajudar no controle emocional, está a chamada automotivação. Este terceiro pilar é caracterizado pela capacidade de dirigir e comandar as emoções a fim de se atingir um objetivo específico, seja ele pessoal ou profissional. Quando uma pessoa não consegue desenvolver a automotivação, e acaba sendo dominada pela ansiedade e estresse, Goleman defende que dificilmente conseguiremos nos concentrar em uma determinada tarefa e alcançar as metas desejadas. 4. Reconhecimento das emoções em outras pessoas Este pilar é o segundo item que caracteriza uma boa inteligência emocional: a capacidade de reconhecer os sentimentos dos outros e criar empatia por eles. Com esta habilidade, um dos principais benefícios é construir uma relação muito mais forte com todos, seja com amigos, familiares ou até mesmo colegas de trabalho. 5. Relacionamentos interpessoais Por fim, o último pilar é uma consequência do item anterior. Ao criar empatia pelo outro reconhecendo suas emoções, seus relacionamentos interpessoais são extremamente beneficiados. Afinal, um dos principais fatores que contribui para a construção de um bom relacionamento é a reciprocidade, ou seja, ter uma boa interação com o outro e entender seus sentimentos. Com tantas características, é possível ver como não é uma tarefa fácil desenvolver sua IE, mas não se preocupe, pois darei algumas dicas que podem te ajudar nesta tarefa daqui a pouco. Antes disso, vamos conhecer benefícios de se ter uma boa inteligência emocional. Qual a importância da inteligência emocional? Ter um melhor controle sobre suas emoções e sentimentos é uma das melhores formas de se garantir uma boa saúde mental e, consequentemente, uma vida mais saudável. Isso vem se tornando cada vez mais importante nos últimos anos, após diversas pesquisas terem mostrado um aumento de pessoas diagnosticadas com problemas mentais no mundo. Como exemplo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país no mundo com a maior quantidade de pessoas diagnosticadas com ansiedade, representando 9,3% da população. Outro levantamento feito pela Vittude, plataforma voltada para a saúde mental, constatou que 37% das pessoas estão com stress severo, enquanto 59% se encontram em estado grave de depressão.  Além disso, este estudo, que entrevistou cerca de 500.000 pessoas, apontou que a ansiedade severa atingiu níveis ainda mais altos com 63%.  Mas afinal, qual a causa destes números? De acordo com